domingo, 4 de outubro de 2009

Escultura


Não se preocupou com a idealização da realidade, ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiram os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras.
Dentre os escultores do período realista, o que mais se destaca é Auguste Rodin (1840-1917), cuja produção desperta severas polêmicas. Já seu primeiro trabalho importante, A Idade do Bronze (1877), causou uma grande discussão motivada pelo seu intenso realismo. Alguns críticos chegaram a acusar o artista de tê-lo feito a partir de moldes tirados do próprio modelo vivo. Mas é com São João Pregando (1879), que Rodin revela sua característica fundamental: a fixação do momento significativo de um gesto humano. Essa mesma tentativa de surpreender o homem em suas ações aparece em O Pensador (foto)seguramente sua obra mais conhecida.

Romantismo: primeira reação à arte neoclássica


Enquanto os artistas neoclássico voltaram-se para a imitação da arte greco-romana e dos mestres do renascimento italiano, submeteram-se a regras determinadas pelas escolas de belas-artes, os românticos procuraram se libertar das convenções academicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.Assim, de modo geral, podemos afirmar que a característica mais marcante do Romantismo é a valorização dos sentimentos e da imaginação como principios da criação artística.
Ao lado dessas caracteristicas mais gerais, outros valores compuseram a estética romântica, tais como o sentimento do presente, oanacionalismo e a valorização da natureza.


A pintura romântica


Ao negar a estetica neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas.Assim, os pintores românticos recuperam o dinamismo e a sugetão de agitação que os neoclássicos haviam negado.A cor é novamente valorizada e os contrastes de claro-escuro reaparecem produzindo de dramaticidade no observador.
Os temas da pintura romântica inclui os fatos reais da historia nacional e da cultura contemporânea dos artistas despertaram mais interesse do que os da mitologia greco-romana.Além disso, a natureza,relegava a pano de fundo nas cenas aristocráticas pelo neoclássicismo, ganha importancia.Ela mesma passa a ser o tema da pintura. As vezes calma e as vezes agitada, a natureza exibe , na tela dos românticos, um dinamismo equivalente as emoções humanas.

Arquitetura


A Arquitetura neoclássica foi produto da reacção antibarroco e anti-rococó, levada a cabo pelos novos artistas-intelectuais do século XVIII. Os Arquitectos formados no clima cultural do racionalismo iluminista e educados no entusiasmo crescente pela Civilização Clássica, cada vez mais conhecida e estudada devido aos progressos da Arqueologia e da História.


Algumas características deste movimento artístico na arquitetura são:
- Materiais nobres (pedra, mármore, granito, madeiras);
- Processos técnicos avançados;
- Sistemas construtivos simples;
- Esquemas mais complexos, a par das linhas ortogonais;
- Formas regulares, geométricas e simétricas;
- Volumes corpóreos, maciços, bem definidos por planos murais lisos;
- Uso de abóbada de berço ou de aresta;
- Uso de cúpulas, com frequência marcadas pela monumentalidade;
- Espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais de grande racionalidade;
- Pórticos colunados;
- Entablamentos direitos;
- Frontões triangulares;
- A decoração recorreu a elementos estruturais com formas clássicas, à pintura rural e ao relevo em estuque;
- Valorizou a intimidade e o conforto nas mansões familiares;
- Decoração de carácter estrutural.

A Pintura Neoclássica


A pintura neoclássica desse período foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael mentre inegável do equilíbrio da composição e da harmonia do colorido.


Principais representantes
Jacques-Louis David, francês. Considerado o pintor da Revolução Francesa, tornando-se mais tarde, o pintor oficial de Napoleão.
Dominique Ingres, francês. Discípulo de David, busca nas suas pinturas a imagem ideal da beleza.
Francisco Goya, espanhol. Entre o Romantismo e o neoclassicismo, com estilo muito próprio.


Influências
Nicolas Poussin, pintor classicista do barroco.
Carracci, família de pintores do maneirismo.
Rafael, pintor do Renascimento.

A transição do século XVIII para o século XIX

A primeira metade do século XVIII marcou a decadência do pensamento barroco, para a qual colaboraram vários fatores: a burguesia ascendente, voltadas para as questões mundanas, passou a deixar em segundo plano a religiosidade que permeava o pensamento barroco; além disso, o exagero da expressão barroca havia cansado o público, e a chamada arte cortesã, que se desenvolvera desde a Renascença, atingia um estágio estacionário e apresentava sinais de declínio, perdendo terreno para a arte burguesa, marcada pelo subjetivismo. Surgiram, então, as primeiras arcádias, que procuravam a pureza e a simplicidade das formas clássicas.
Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus Pã e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.
Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a Arcádia em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.
No Brasil e em Portugal, a experiência neoclássica na literatura se deu em torno dos modelos do Arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre, etc.
Esses ideais de vida simples e natural vêm ao encontro dos anseios de um novo público consumidor em formação, a burguesia, que historicamente lutava pelo poder e denunciava a vida luxuosa da nobreza nas cortes.
O desejo da natureza, a realização da poesia pastoril, a reverência ao bucolismo são traços marcantes da literatura arcádica, disposta a fazer valer a simplicidade perdida no Barroco.

Arts & crafts


Arts & crafts


Arts & Crafts (do inglês artes e ofícios, embora seja mais comum manter a expressão original) foi um movimento estético surgido na Inglaterra, na segunda metade do século XIX. Defendia o artesanato criativo como alternativa à mecanização e à produção em massa e pregava o fim da distinção entre o artesão e o artista. Fez frente aos avanços da indústria e pretendia imprimir em móveis e objetos o traço do artesão-artista, que mais tarde seria conhecido como designer. Foi influenciado pelas idéias do romântico John Ruskin e liderado pelo socialista e medievalista William Morris.
Durou relativamente pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma das raízes do modernismo no design gráfico, desenho industrial e arquitetura. De acordo com Tomás Maldonado, o Arts & Crafts foi uma importante influência para o surgimento posterior da Bauhaus, que assim como os ingleses do século XIX, também acreditavam que o ensino e a produção do design deveria ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos-artistas, sob a orientação de um ou mais mestres. A Bauhaus desejou, assim, uma produção de objetos feito por poucos e adquirido por poucos, nos quais a assinatura do artesão tem um valor simbólico fundamental. De forma ampla, a Bauhaus herda a reação gerada no movimento de Morris contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial.
Imagens de Art Nouveau







Notáveis designers, artistas e arquitetos do Art Nouveau

Notáveis designers, artistas e arquitetos do Art Nouveau

Ilustração, Design Gráfico
Aubrey Beardsley (1872-1898)
Gaston Gerard (1878-1969)
Alfons Mucha (1860-1939)
Edvard Munch (1863-1944)
Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)
Pierre Bonnard (1867-1947)
William Bradley (1868-1962)
Eliseu Visconti (1866-1944)

Móveis
Carlo Bugatti (1856-1940)
Eugène Gaillard (1862-1933)
Louis Majorelle (1859-1926)
Henry van de Velde (1863-1957)

Vidro e Vitrais
Daum Frères (1825-1885)
Émile Gallé (1846-1904)
Jacques Gruber (1870-1936)
René Lalique (1860-1945)
Louis Comfort Tiffany (1848-1933)

Outras artes decorativas
Charles R. Ashbee (1863-1942)
Jules Brunfaut (1852-1942)
Auguste Delaherche (1857-1940)
Georges de Feure (1868-1928)
Hermann Obrist (1863-1927)
Philippe Wolfers (1858-1929)

Murais e mosaicos
Mikhail Vrubel (1856-1910)
Gustav Klimt (1862-1918)
Eliseu Visconti (1866-1944)

Arquitetura
Émile André (1871-1933)
Georges Biet (1868-1955)
Paul Charbonnier (1865-1953)
Raimondo Tommaso D'Aronco (1857-1932)
August Endel (1871-1925)
Antoni Gaudí (1852-1926)
Victor Horta (1861-1947)
Josef Hoffmann (1870-1956)
Hector Guimard (1867-1942)
Charles Rennie Mackintosh (1868-1928)
Louis Sullivan (1856-1924)
Eugène Vallin (1856-1922)
Fyodor Shekhtel (1859-1926)
Henry Van de Velde (1863-1957)
Otto Wagner (1841-1918)
Lucien Weissenburger (1860-1929)
Marian Peretiatkovich (1872-1916)

O Art Nouveau na arquitetura

O art nouveau surgiu como uma tendência arquitetônica inovadora do fim do século XIX: um estilo floreado, em que se destacam as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas e outros elementos.
Os edifícios apresentam linhas curvas, delicadas, irregulares e assimétricas. Mosaicos e mistura de materiais caracterizam muitas obras arquitetônicas, como as de Antoni Gaudí, expoente do movimento na Espanha. Com cacos de vidro e ladrilhos, ele decora construções como o Parque Güell e a Casa Milá, em Barcelona. A Catedral da Sagrada Família é outra obra sua de destaque.

A influência do Art Nouveau


Embora o Art Nouveau seja uma manifestação típica do século XIX, podem-se encontrar traços desse movimento no design gráfico posterior do século XX. Para demonstrar a continuidade da influência do estilo, podemos destacar:
O estilo psicodélico dos anos de 1960-70 (ver Milton Glaser). Especialmente influênciados pelo Jugendstil.
A família tipográfica Bookman, o arredondado da Cooper Black e o redesenho de tipografias antigas e ornamentadas, possíveis por avanços tecnológicos como a fotoletra, fotocomposição e a tipografia digital.
Embora, por muito tempo, designers educados à sombra do Bauhaus e do Estilo internacional tenham criticado o Art Nouveau como uma manifestação estética excessivamente ornamental, atualmente se valoriza muito a importância histórica do Art Nouveau, sem menosprezar a sua riqueza ornamental.

Uma estética para o design


Ao contrário da maioria das correntes associadas ao movimento modernista, o Art Nouveau não foi dominado pela pintura. Mesmo os pintores mais estreitamente relacionados com o estilo, Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard, Gustav Klimt, criaram cartazes e objetos de decoração memoráveis. Juntamente com o Arts and Crafts, o Art Nouveau foi um dos estilos estéticos que preparam o caminho do design moderno.
Art Nouveau modernizou o design editorial, a tipografia e o design de marcas comerciais; além de se destacar pelo desenvolvimento dos cartazes modernos. Art Nouveau também revolucionou o design de moda, o uso dos tecidos e o mobiliário, assim como o design de vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Lalique e estampas Liberty.
A litografia colorida tornou-se disponível no final do século XIX, possibilitando aos designers da época trabalhar direto na pedra, sem as restrições da impressão tipográfica, possibilitando um desenho mais livre. Esse avanço tecnológico foi responsável pelo florescimento e difusão dos cartazes impressos.

Art Nouveau

A Arte nova (do francês Art nouveau), foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento arts & crafts e que teve grande destaque durante a Belle époque, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século XX. Relaciona-se especialmente com a 2ª Revolução Industrial em curso na Europa com a exploração de novos materiais (como o ferro e o vidro, principais elementos dos edifícios que passaram a ser construídos segundo a nova estética) e os avanços tecnológicos na área gráfica, como a técnica da litografia colorida que teve grande influência nos cartazes. Devido à forte presença do estilo naquele período, este também recebeu o apelido de modern style (do inglês, estilo moderno). O nome surgiu de uma loja parisiense (capital internacional do movimento), chamada justamente Art nouveau e que vendia mobiliário seguindo o estilo.
Recebeu nomes diversos dependendo do país em que se encontrava: Flower art na Inglaterra, "Modern Style", "Liberty" ou estilo "Floreale" na Itália. Os alemães criam sua própria vertente de Art Nouveau chamada Jugendstil.
No Brasil, teve fundamental participação na divulgação e realização da art nouveau o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Um dos maiores nomes desse estilo, no Brasil, é o artista Eliseu Visconti, pioneiro do design no País.